Querida Ana

Querida Ana

Matheus Maia

@autormatheusmaia

Ontem eu estava navegando no Instagram quando um post sobre o livro Querida Ana me chamou atenção. O tema abordado era transtorno alimentar na adolescência. Logo me interessei e entrei em contato com o autor.

Ao começar a ler o livro me surpreendi por contar a historia de um menino. Normalmente são as mulheres que apresentam problemas como a anorexia e a bulimia.

Mais a frente me dou conta que não é uma ficção. O autor conta sua própria história sem medo de se expor. Aos treze anos insatisfeito com seu corpo resolve por conta própria terminar com seu problema, ou pelo menos o que acha ser seu maior problema: o excesso de peso. 

Mais uma vez a internet se mostra como grande vilâ, onde grupos de pessoas incentivam a outras a não comerem, ou caso não resistam e tenham uma compulsão alimentar provoquem o vômito para não absorvam as calorias- aqui encontramos a Ana  (a Anorexia) e a Mia ( a bulimia).  Ensinam o caminho das pedras ( um caminho perigoso) e indicam como burlar a fome e até indicam remédios para emagrecer.  Já vi alguns grupos desses quando estava tentando fazer reeducação alimentar e posso dizer que é uma doideira.

Matheus nos conta abertamente seus problemas com a família, suas inseguranças, seu medo de expor sua opção sexual, já que seu pai é super machista. Com a doença estabelecida não tem como evitar as diversas  internações. Algumas tentativas de suicídio, mostram o quanto ele estava fragilizado. 

Acompanhado por psiquiatradas, psicólogos e sua família fazendo um esforço para melhorarem a relação entre si, Matheus encontra maneiras de conter sua impulsividade, canalizando suas energias para manter o corpo saudável e magro com reeducação alimentar e muita malhação.

Cura? Infelizmente não tem e o cuidado tem que ser diário. Foco, determinação e fé são os ingredientes para se manter bem.

E com o livro Querida Ana , Matheus quer ajudar a tantas pessoas que tem o mesmo problema que ele. Que elas saibam que o caminho é longo, que existirão recaídas, mas que é possível sair desse ciclo que parece não ter fim.

Parabéns, Matheus!!!!!  Obrigada por dividir suas experiências conosco. Com certeza uma leitura imprescindível. Afinal podemos ter alguém perto de nós precisando de ajuda. Temos que saber identificá-las para  conseguirmos ajudá-las. 

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