É para o meu próprio bem
É para o meu próprio bem.
Ane Pimentel
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Mais um ano chega ao fim. Amélia recorda-se com saudade de sua vida no interior de Minas Gerais. Era seu primeiro reveillon no Rio de Janeiro. Não estava muito animada. Queria estar ao lado de seus pais.
Amélia estava morando na casa de seus tios. Sua prima Grazi era daquelas pessoas aficionadas pelo corpo Sua vida era regrada. Comidas saudáveis e muitos exercícios diários. Amélia não estava empolgada em ir para Copacabana, mas Grazi não aceitou um não como resposta.
Era quase meia-noite. Copacabana estava lotada. A sensação era de claustrofobia. Olhou tudo ao redor . Risos histéricos, abraços apertados, beijos apaixonados. Em meio aquela multidão, alguém esbarrou na moça que estava atrás dela, desencadeando um efeito em cadeia. Acabou esbarrando em um homem, e o suco de uva de sua taça sujou sua camisa branca.
Depois de muitos pedidos de desculpas, o rapaz se apresentou. Seu nome era Heitor. Começou a contagem regressiva. Os fogos estouraram, mas o mundo paralisou quando Heitor a beijou. Passaram o restante da noite juntos. O magnetismo de Heitor era impressionante.
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Quando Grazi quis voltar para casa, Heitor pede o celular de Amélia e salva seu número. Pede que ela ligue assim que chegar em casa. Amélia diz que quando acordar ligaria para ele. Mas Heitor é enfático. "Nada disso, quero ouvir sua voz no primeiro raiar do dia. Promete?: E assim fez Amélia.
É o começo um relacionamento abusivo.
Promete que vai casar comigo?
Confia em mim, Amélia?
Vem cá, Amélia!
Não lembrou de mim? Sabia que fiquei desesperado quando vi que você não respondia minhas mensagens?
Promete que nunca vai se separar de mim?
Você é burra!!!!!
Agora enxuga essas lágrimas e sorria! Vamos mostrar ao mundo o que você já sabe... que você é minha.
Um livro chocante!!!! Quanto mal um relacionamento abusivo pode fazer com a mente de uma pessoa... Amélia é prova disso.